Seguindo os passos de Holanda, Bélgica, Espanha, Canadá, África do Sul, Noruega, Suécia, Portugal e Islândia, na madrugada de hoje, a Argentina se tornou o 1º País da America Latina e o 10º do Mundo que legaliza o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo.
A nova legislação visa a reforma do Código Civil, mudando a fórmula de "marido e mulher" pelo termo "contraentes" e prevê igualar os direitos dos casais homossexuais com os dos heterossexuais, incluindo os direitos de adoção, herança e benefícios sociais.
Na América Latina apenas eram reconhecidas até agora as uniões civis (que dão direitos mais ou menos ampliados) entre pessoas de mesmo sexo em dois países, Uruguai e Colômbia, e o casamento gay na Cidade do México.
"Hoje é um dia histórico. Pela primeira vez na Argentina se legisla para as minorias", afirmou o senador Miguel Pichetto, chefe do bloco do peronismo.
A presidente argentina, Cristina Kirchner, apoia o casamento gay fundamentando-se nos direitos humanos e deve sancionar a proposta de lei depois de retornar de uma visita oficial à China. A proposta foi aprovada na Câmara dos Deputados em maio.
Um dia antes do debate no Senado, a Igreja fez uma concentração em frente ao Congresso como encerramento de uma ampla campanha contra a iniciativa impulsionada pela consagração por lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo, à qual definiu como "um projeto do demônio".
Defensores e opositores do casamento entre pessoas do mesmo sexo trocaram ofensas em frente ao Congresso da Argentina nesta quarta-feira, em Buenos Aires, onde os senadores debatem um projeto de lei que, se aprovado, vai legalizar a união civil entre homossexuais.
Segundo comunidades de defesa dos direitos homossexuais e partidos de esquerda, cerca de cem católicos penduraram nas grades que cercam o Parlamento bandeiras com frases contra a união homossexual e rezaram em voz alta a poucos metros dos favoráveis ao projeto.
Separados por uma avenida, os católicos carregavam imagens da Virgem Maria e cartazes com os dizeres: "Nem união, nem adoção: só homem e mulher", "Sodoma = Argentina" e "Quero um pai e uma mãe".
A Comunidade Homossexual Argentina instalou em frente à sede do Legislativo uma tenda, de onde, por meio de autofalantes, difundia o debate que ocorria na casa.
Depois de mais de 14 horas de pesados debates, durante os quais milhares de argentinos protestaram em frente ao Congresso, a Casa aprovou a proposta por 33 votos contra 27, com três abstenções.
"Acredito que seja um avanço para a igualdade de direitos", disse a jornalistas o senador Eugenio Artaza depois do debate em que muitos senadores usaram suas crenças católicas para justificar sua posição.
A lei "representaria o reconhecimento de todos os direitos que implica o casamento e também o acesso à igualdade perante a lei, que é uma ferramenta indispensável para conseguir a igualdade social", sustentou a titular da Federação de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais da Argentina (FALGBT), María Rachid, em entrevista à Agência Efe.
Rivalidade com os hermanos, somente no futebol, porque estaremos sempre unidos e apoiando todos, na luta por direitos iguais e por uma vida melhor, mais digna mais feliz, com casamento gay legalizado.
Confira a reportagem do Canal de informações G1, acessando nosso canal no Youtube.
http://www.youtube.com/user/GSensationBlog
By: Paulo Dias.
0 comentários to Senado argentino aprova casamento gay